Caro Bento,
Se queres tornar pública a minha opinião (que tu conheces perfeitamente), dir-te-ei que a nova forma de atribuição dos títulos de campeão nacional é uma aberração, mais uma, a par de tantas outras que se verificam na modalidade e que todos nós conhecemos.
E esta aberração, como todas as outras, não pode espantar ninguém com o mínimo de bom senso.
Enquanto os dirigentes dos órgãos da Federação Portuguesa de Badminton não entenderem o que é o respeito pelos princípios básicos do funcionamento das instituições democráticas, em que tornar pública uma decisão é obrigatório e apenas o desfecho de um processo que se inicia com uma verdadeira e alargada discussão pública, estaremos sujeitos a este tipo de (anti) decisão.
Neste momento, ao contrário dos bajuladores hipócritas que por aí andam a dizer banalidades e que, no fundo, sustentam e mantêm o actual regime anti-democrático, temos que ser politicamente Incorrectos e dizer que não ocorreu nenhum facto que justificasse a alteração feita, num total desrespeito pela história da modalidade.
Já agora, umas perguntas “inconvenientes”:
- a quem serve a realização de todas as provas nacionais no CAR? quem já pensou nos prejuízos que isso está a provocar a muitos atletas e clubes?
- além do badminton, há alguma modalidade em que os sorteios dos jogos não sejam públicos, em local e com data e hora marcados? no badminton o sorteio não é público porquê?
- quem conhece os contratos celebrados pela FPB para a cessão de exploração de bar, restaurante e ginásio do CAR? esses contratos não são tornados públicos porquê?
- etc., etc., etc.
Resposta de José Bento:
É o que se pode chamar de trabalho na escuridão.
É precisamente o contrário do que os regulamentos desportivos defendem: A transparência e a divulgação de todos os actos de gestão e de decisão importantes.
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