Comentário publicado no blogue do João Boto por mais um Campeão Nacional
Acho que o sistema competitivo anterior (principalmente de Elites, que é no qual eu compito) já estava esgotado e alguma coisa deveria ser feita. Penso que a mudança para o sistema de eliminação à 1ª derrota foi positivo.
No entanto, concordo e revejo-me nos argumentos apresentados pelo José Bento no seu artigo anterior a este apelo. Não acho bem esta situação em que o título de Campeão Nacional pode ser atribuido a um atleta que pode nunca ter sido o melhor num unico torneio.
Concordo que a regularidade deve ser premiada (fazendo, por exemplo, cumprir os regras de atribuição de prémio ao 1º classificado de cada ranking, mas não fazer dela um "cavalo de batalha", já que todos sabemos que nem todos os clubes têm as mesmas condições para participar em todos os torneios, e que a modalidade não é estruturada desta forma).
Em todos os paises que conheço, o campeão é definido no Campeonato Nacional desse pais, assim como o Campeão do Mundo ou da Europa são os respectivos vencedores de Campeonato do Mundo e da Europa. A modalidade premeia mais a vitória num determinado momento do que a regularidade.
Concordando que é frustrante para os atletas que fazem a maioria dos torneios nacionais, não concordo com o João quando argumenta que este sistema é melhor porque impede que jogadores que nunca tenham participado nos torneios nacionais, cheguem ao Campeonato Nacional e vençam, pondo em causa toda a época dos outros atletas. Esta situação só acontece quando há poucos participantes ao longo da época em relação ao numero de apurados para o Campeonato Nacional (normalmente são 16, com excepção de Elites).
Na minha opinião, esta situação poderia ser ultrapassada de outras formas, tais como impedir legalmente um jogador de participar no Campeonato Nacional sem ter, por exemplo, duas participações efectivas em torneios nacionais, ou então haver uma relação entre o número de apurados para o Campeonato Nacional e o número de participantes nos torneios nacionais ao longo da época, em que diminuiam o numero de apurados nas provas em que houvessem menos participantes. Estas são apenas 2 opções que poderiam corrigir as situações que o João fala sem ter que alterar toda a filosofia de um sistema competitivo.
Acho que no essencial concordo com o Daniel no estímulo à participação em torneios nacionais (com prize-moneys ou outro tipo de prémios materiais) e, principalmente, no que diz respeito à competição regional e à sua contribuição para um ranking nacional. No entanto, em termos de designação de provas manteria o nome de Campeonato Nacional ao torneio que define o Campeão e, se se achar importante haver uma "taça de Portugal", esta pode ser atribuida sim ao 1º classificado do ranking.
Abraço a todos
Nuno Santos
Resposta de José Bento:
O Nuno Santos apresenta neste texto precisamente as minhas ideias sobre este assunto e também o facto de o Campeonato Nacional de Elites dever ser disputado a eliminar à primeira derrota.
Também ele concorda comigo de que poderá haver alterações na forma de apuramento sem modificar a forma de atribuição do título de Campeão Nacional.
Apenas discordo que seja atribuída a outra prova qualquer o nome de Taça de Portugal não só porque ela já existe com carácter perpétuo em Equipas como pelo respeito que merece quem a ofereceu, o Sr. Henrique Pinto, pessoa a quem o Badminton tanto lhe deve.
José Bento
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