José da Silva Bento

José da Silva Bento
José da Silva Bento - Meritorious Service Award da IBF (Federação Internacional de Badminton) - Sócio de Mérito com Distinção da FPB (Federação Portuguesa de Badminton)

Uma vida desportiva dedicada ao Badminton - 50 Anos

Bem Vindos

NOVIDADES

Para além da opção 13-Imagens da minha vida aceda agora a outra nova opção 14-Encontros de amigos e veja as imagens de muitos dos meus amigos com quem fui convivendo ao longo da minha vida. Nota: Estas duas opções estão permanentemente a ser atualizadas.

BEM VINDOS

É com imenso prazer que espero continuar a receber os meus amigos neste Blogue pessoal.

O tema principal continua a ser o BADMINTON, modalidade desportiva que me prendeu para sempre... e já lá vão mais de 50 anos.

Continuarei igualmente a acrescentar outros temas de que guardo o meu interesse pessoal tais como VIAGENS, FILMES e FOTOGRAFIAS.

Para qualquer dos temas é fundamental receber as vossas opiniões francas e sinceras esperando debater os diversos assuntos de um modo claro e respeitando as opiniões de todos.

Será normal que pretenda receber de forma idêntica o mesmo respeito e atenção de todos.

Para que tudo se processe dentro de um normal relacionamento só irei aceitar os comentários de quem logicamente se identifique pois não seria lógico manter um debate com quem não saiba de quem se trata.

Por favor evitem os pseudónimos e no mínimo e perante mim tenham a coragem de se darem a conhecer para evitar mal entendidos, de forma a dignificarem este meu blogue.

Assim, mantenho o anterior pedido e fico desde já reconhecido pela recepção das vossas ideias e opiniões sobre os temas aqui referidos.

José Bento


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domingo, 12 de dezembro de 2010

51 Anos de Badminton

12/12/2010

Faz hoje 51 anos que estou ligado ao Badminton depois de ter uma participação como jogador, treinador e dirigente entre outras áreas.

Contrariamente ao que seria de supor hoje não é um dia feliz para mim, bem pelo contrário, é de grande tristeza.

É o dia em que anuncio oficialmente, pois já o fiz dias antes directamente a quem o dirige, que deixarei de estar filiado na Federação Portuguesa de Badminton pelo meu clube das últimas 11 épocas (desde 1999/2000 a 2009/2010) a SIMPS – Sociedade de Instrução Musical de Porto Salvo.

Curiosamente representei este clube durante o mesmo número de épocas que tinha efectuado nos outros dois clubes onde joguei mais tempo, no SLB – Sport Lisboa e Benfica (desde 1962/1963 a 1972/1973) e no CTAP – Clube TAP Air Portugal (desde 1982/1983 a 1992/1993), para além de outros por onde passei desde 1959.

Foram efectivamente nestes três clubes onde mais dediquei a minha actividade desportiva e onde conquistei o maior número de títulos.

A minha ligação à modalidade tinha vindo a ser reduzida pois que para além de ultimamente não me ser possível competir, por motivos de saúde, também como treinador e juiz-árbitro já me encontrava inactivo, mas nestes casos por razões diferentes que têm a ver com a falta de solicitações, tanto oficiais como particulares.

Também a desmotivação em que me encontro leva a afastar-me cada vez mais da vivência com a modalidade.

Todo este tempo em que coloquei o Badminton à frente de outros objectivos e tarefas chegou ao fim.

Tenho pena que tal aconteça mas de facto e para além de muitas situações de alegria por que passei ao longo destes anos todos cheguei à conclusão de que os meus ideais estão longe de serem atingidos.

Considero que a minha modalidade desportiva precisava de grandes mudanças para eu me sentir realizado depois de ter dado a contribuição que me foi possível e a que me foi igualmente proporcionada.

Sempre defendi que um atleta, de Badminton ou de outra modalidade qualquer, devia acompanhá-la nas suas outras áreas para que no final da sua carreira pudesse continuar a ajudá-la como treinador, juiz-árbitro ou especialmente como dirigente.

Isso infelizmente não é uma realidade no Badminton pois na maior parte dos casos quem acompanha os atletas e / ou quem dirige a modalidade não fomenta esta opinião.

Um treinador, por exemplo, poderá ter receio de que mais tarde possa ser substituído por algum dos seus atletas e um dirigente terá também que defender o seu lugar na hierarquia e não gostará de ser confrontado com novas ideias de mais jovens dirigentes e por essa razão perca o cargo.

Em parte é isso que se tem verificado na nossa modalidade.

Claro que felizmente tem havido algumas excepções mas a realidade e na maioria dos casos verifica-se o contrário.

Nos clubes, quem está à frente deles queixa-se de que sem ele o clube acabará em vez de ir preparando precisamente quem o possa substituir na devida altura e na sua impossibilidade, de forma a que isso não venha a acontecer.

No sector técnico verifica-se que os treinadores têm por vezes o cuidado de evitar que um dia o seu trabalho seja contestado precisamente pelos seus próprios atletas que vão naturalmente observando o seu trabalho com o de outros responsáveis de treino e que possam pôr em causa os seus métodos e o seu lugar.

No dirigismo, tanto num clube como numa associação ou na federação, existe o especial objectivo, como prova a realidade, de poder manter o seu lugar numa próxima eleição, para além de tentar cumprir da melhor forma a sua actividade.

Tudo isto não se altera de um momento para o outro.

E leva a que entretanto outros se desmotivem, se afastem e não haja a devida renovação dos actuais dirigentes.

Os que estão no poder e lutam pela sua manutenção dizem que não há alternativas se um dia eles saírem e a modalidade vai ficar pior sem eles.

Aqueles que têm capacidades e defendem uma melhoria na gestão da modalidade e poderiam estar interessados em ocupar esses lugares vão ficando cada vez mais desinteressados na sua ocupação e acabam por desistir e assim cada vez mais vai havendo falta de novos candidatos a dirigentes.

É um ciclo repetitivo do qual o principal prejudicado será sempre o Badminton.

Isso é o que se tem vindo a repetir, ano após ano, mandato após mandato, até que finalmente se cumpra a limitação dos mesmos por efeitos das novas regulamentações desportivas do país.

Nessa altura já será tarde para aproveitar aqueles que agora poderiam prestar um bom serviço.

E então nessa altura, só restarão porventura não os melhores mas os possíveis.

O trabalho que porventura poderão executar se calhar até será inferior ao dos que o fazem actualmente.

A solução será então ir buscar novamente os dirigentes actuais e tudo volta ao anteriormente.

É assim que as modalidades desportivas vão vivendo.

Como é que pode haver progresso assim ?

Que digam os que ainda tenham força para o fazer !

Espero que esteja enganado e que o Badminton venha efectivamente a merecer ter uma nova direcção composta por dirigentes mais competentes, mais justos e mais humanos a tomar as suas decisões e opções.

Um obrigado a todos e em especial a quem hoje, dia em que completo 51 anos de actividade desportiva e termino assim uma longa dedicação ao Badminton, ainda me compreende.

José Bento

Sem comentários:

Contactos em Falta

Apesar da ajuda recebida de muitos colaboradores e amigos, a lista de elementos ligados à modalidade dos quais não tenho a indicação dos seus contactos ainda não está extinta.

Ainda restam os que abaixo menciono.

Assim mais uma vez peço a quem souber desses contactos (endereço de mail de preferência ou telefone ou telemóvel ou até a própria morada) para os poder informar através do meu mail:

josebento@josebento.com

Hans Vis
Augusto Serradas

João Azevedo e Silva
Freitas da Costa (SLB)
José Pessoa
Mário Mateus
Óscar Silva
Rui Damásio
Dr. Ilídio Silva
José Ágoas (Silves)